O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou a situação sanitária dos estados brasileiros em relação à febre aftosa. A partir de agora, todos as Unidades da Federação são consideradas livres da doença sem a necessidade de controle vacinal. Com isso, fica proibido o armazenamento, a comercialização e o uso de vacinas contra a enfermidade nos estados, bem como o ingresso e a incorporação de bovinos e bubalinos vacinados nos municípios e parte de municípios que compõem as zonas reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
“Esse é um marco para a pecuária brasileira. Com o objetivo de produzir cada vez mais e melhores alimentos e buscar o desenvolvimento econômico do país, o reconhecimento por parte das autoridades é um fator crucial para valorizar a proteína animal e negociar, muito em breve, com novos mercados, como Japão, Canadá e Coreia do Sul, além de estimular ainda mais o avanço em produtividade”, comemora Cristiano Botelho, executivo da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).
O Mapa oficializou a decisão no Diário Oficial da União, em 2 de maio, na Portaria de número 678. Entraram para o grupo os seguintes estados: Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, São Paulo, Sergipe, Tocantins e o Distrito Federal.
O executivo da Asbia entende que “a decisão estimula também o investimento em tecnologias para que o pecuarista otimize ainda mais a qualidade do que produz, já que a régua de exigências também aumenta. Isso passa pela intensificação da multiplicação do rebanho e busca por qualidade genética superior com o uso de biotécnicas reprodutivas, como a inseminação”.