A pecuária nacional segue se consolidando no mercado mundial. Em 2022, as exportações de carne bovina alcançaram o maior volume e faturamento desde 2018. De acordo com o Serviço de Comércio Exterior (Secex) e a Scot Consultoria, 2 milhões de toneladas foram embarcadas no ano passado, gerando receita superior a US$ 12 bilhões.

“Em 2018, foram comercializadas no exterior pouco mais de 1,3 milhão de toneladas de carne bovina. Já em 2020, um dos períodos mais complicados dos últimos tempos, em razão da pandemia, subimos para cerca de 1,7 milhão de toneladas e, no ano passado, superamos 2 milhões. As dificuldades impostas pela Covid-19 não foram suficientes para impedir o crescimento inabalável de produção e comercialização de carne brasileira, mostrando o esforço dos produtores e o forte investimento em tecnologia e práticas cada vez mais modernas”, comenta Cristiano Botelho, executivo da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia).

Em 2021, o volume exportado (1,6 milhão de toneladas) caiu por influência de dois casos atípicos confirmados de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). O diagnóstico levou à suspensão por mais de 100 dias dos embarques para a China – principal consumidor da carne brasileira.

“Acabamos de ser liberados para o retorno das exportações após nova confirmação de caso atípico de EEB. O ocorrido em 2021 serve de lição para entendermos que o investimento em manejo, nutrição, reprodução e sanidade animal é um grande aliado para valorizar de forma contínua o nosso produto”, finaliza o executivo.

Mesmo sem poder exportar carne bovina para seu principal consumidor por um mês, especialistas da Scot Consultoria entendem que 2023 deve ser de nova elevação do volume comercializado no exterior – algo em torno de 2,2 milhões de toneladas.